30 agosto 2006

Também tem

Montado de sobro - S. Brás de Alportel
São Brás de Alportel é um concelho do distrito de Faro, lá na Serra do Caldeirão.
Tal como em Coruche, parte da economia também depende do montado de sobro, tanto da cortiça como do restante aproveitamento que se faz ao montado.
S. Brás de Alportel
A recolha da cortiça não será por certo feita de forma tão simples quanto a que se faz na nossa região. Vi em alguns pontos, terrenos bem ingremes, incapazes de consentirem qualquer veículo motorizado na recolha de cortiça, a não ser com máquinas ditas de lagartas ou com animais de carga.

Nora - S. Brás de Alportel

29 agosto 2006

Passagem fugaz

Há poucos dias, num passeio que fiz pelo campo, deparei-me com um bando de perdizes.
As fotos que tirei não me satisfizeram no entanto quero partilhar esse momento, embora de forma muito simples.
A perdiz que conhecemos no nosso país, denominada por perdiz vermelha é também designada por perdiz Ibérica. Tal como se refere é exclusiva da Península Ibérica.

Perdiz vermelha - "Alectoris rufa"

É muito cobiçada como espécie cinegética, sendo considerada por alguns como uma iguaria gastronómica.
A didificuldade que oferece em ser abatida, no acto venatório, torna-a uma rainha. O seu voo é rápido e rasante.
O colorido da plumagem faz dela uma peça de arte para qualquer pintor.

28 agosto 2006

Em torno do deserto

Meknes

As férias são propensas a viagens e a novos conhecimentos.
Um amigo meu viajou por Marrocos e ofereceu-me um conjunto de fotos.

Essaouira


O Reino de Marrocos, situado no norte de África ocupa uma érea de 446.550 Kilómetros quadrados e tem uma população na ordem dos 20 milhões de habitantes. A capital do país é Rabat com cerca de um milhão de habitantes.



Fes

Sendo a língua oficial o Árabe, no país também se fala françês, uma vez que foi colónia francesa até 1956, ano em que se tornou independente.

Fes - Entrada da Medina

Nunca visitei o Reino de Marrocos no entanto, das imagens obtidas parece haver um conjunto que reflecte bem a sua cultura e por isso não resisti em apresentá-las.

27 agosto 2006

Velhos tempos

A informação não foi bem clara pois a pessoa que a forneceu era bastante jovem quando a fotografia foi tirada, talvez o mais novo, com cerca de dez anos de idade, disse. Hoje, o sr. António tem setenta e quatro anos e recorda esses tempos, contando de vez em quando uma passagem da sua vida. Não sendo pessoa caduca, já conta as coisas parecendo apresentar muita saudade desses tempos. E bem diferentes que eles eram. Até eu já sinto isso. Tudo na vida vai passando, até o tempo.
O senhor António recorda-se apenas de ter acompanhado o grupo a Lisboa, Santarém e Alpiarça e diz, com alguma convicção, que a foto foi tirada em Lisboa. Referiu também que em Coruche há pessoas que poderão saber a data e o local pois são alguns dos adultos que estão na fotografia.
O nome do grupo não se lembra, talvez "Campinos do Sorraia", mas diz que os fundadores foram Joaquim Neto e Virgolino Lopes.

26 agosto 2006

Sardinha assada

Portimão - Festival da Sardinha ( ao fundo)
A gastronomia do litoral algarvio tem sempre presente o peixe fresco e não há veraneante que não queira degustar um bom prato da região.

Junto ao rio Arade
Passar por Portimão e comer sardinha assada é quase obrigatório. Até parece que têm outro sabor, comidas à beira do rio Arade.
Directo do mar para o grelhador, os algarvios aproveitam bem esse potencial que é o pescado e não há restaurante que não apresente no cardápio diversos pratos de peixe, entre outros o atum, sardinhas, sargo, anchovas e outros mais ...

Barco de passeio - Rio Arade - Portimão

25 agosto 2006

Pau de Cebo

Falar do Algarve é resultado dos dias de férias que lá passei.
Em Santa Luzia, pequena povoação do concelho de Tavira havia festa.
Enquanto que em alguns sítios do Ribatejo o pau está na vertical e no topo tem um bacalhau que será a compensação para quem lá chegar, ali é o mastro de um barco, está na horizontal e tinha na ponta uma bandeira.



O mastro é encebado e a rapaziada procura fazer todo o percurso sem escorregar para tocar a bandeira que se encontra na extremidade, garantindo assim o prémio que são apenas alguns euros. A maioria não consegue lá chegar pois escorrega e cai à água, um mal menor pois é verão, está calor e tudo isso faz parte da festa.

Esta pequena localidade faz parte da Ria Formosa e muitos dos seus habitantes pescam, entre outros, o polvo, utilizando para isso potes de barro. Alguns desses potes foram últimamente trocados por recipientes semelhantes feitos de uma matéria pástica.

Sempre que passo pelo sotavento algarvio não prescindo de passar por lá. A ria, o mar, os barcos, os sapais conjugam-se de tal forma que torna impossivel não se gostar daquele lugar.

24 agosto 2006

De papel

Papagaio
Corria de forma desenfreada para que o papagaio se erguesse no céu.
A estrutura era construída com tiras de cana, o corpo feito de papel e a cauda constituída por um fio com pequenos pedaços de papel atados.
Hoje, ao contrário do que se fazia, vai-se comprar um enquanto que antigamante, pai e filho, a pedido do último, o construiam e vaziam voar, normalmente depois de muitos ensaios pois muitas vezes teimava em não se erguer.
Era e é a delícia de ambos, gerando momentos de convívio, pois não há ninguem que não goste de mostrar um pouco da sua habilidade, até um pai.

23 agosto 2006

Tintas e brancas


As uvas estão maduras e as vindimas à porta. As adegas começam a agitar-se.
Lavam-se os barris e os lagares, preparam-se os utensílios para a apanha da uva e preparação do vinho.
Em tempos, a vindima era festa e no caso de pequenas explorações era festa de família e amigos. Hoje os procedimentos ultrapassam o artesanal mas ainda não deixaram de satisfazer a podução familiar.
Trocou-se o pisar a uva, pelo esmagador, o mosto deixou de ser transvasado com cântaros e passou a ser bombeado, até os recipientes para fazer o vinho, alguns, deixaram de ser em madeira e foram substituídos por plástico ou inox.

22 agosto 2006

Cestos e Cataventos

Tavira

Em Tavira foi possível observar, três artesãos de actividades que já vão fugindo do nosso quotidiano, um funileiro e uma senhora que constroi abanos, esta última, esposa do cesteiro.
Artesanato - Cestaria
São estas tradições que a industrialização e não só, fez desaparecer. Foram os hábitos, as novas formas de estar e de usar a natureza que contribuiram para o quase desaparecimento destas actividades.

Oficina de Funileiro - Tavira

O mestre funileiro, apresentou-se também como um grande construtor de cataventos, peças que constroi com o aproveitamento de materiais. Diz ter o ser trabalho espalhado por todo o Algarve e ainda por outros pontos do país.

21 agosto 2006

Arte moura

Concelho de Tavira
O galo está para Barcelos, assim como as chaminés estão para o Algarve.
Passar pelo Algarve sem contemplar e fazer registos das suas chaminés seria imperdoável.
Concelho de Faro
São obras de arte, peças únicas, que com o tempo se têm vindo a perder uma vez que o seu fabrico industrial as tem absorvido.
Concelho de S. Brás de Alportel
Em quase todos os pequenos mercados de artesanato e ou lojas de lembranças que se visitam no Algarve, lá está à venda uma miniatura de chaminé. Não sei bem qual a razão do galo de Barcelos, mas que as chaminés são do Algarve e o representam bem, isso é verdade.

20 agosto 2006

Mar e Sol


Olhando o Guadiana, bem perto do mar, Castro Marim apresenta-se como uma terra importante na história de Portugal.
No cimo de uma das suas colinas está implantada a igreja e o moinho que se vêem nas imagens.
Contemplando a paisagem, para além de avistarmos Vila Real de Santo António e Ayamonte, sentimos ainda a presença de uma actividade económica quase sempre presente onde há mar e sol, a exploração do sal.
Castro Marim foi importante porto marítimo e fluvial, entreposto de minérios e muitos comércios, vila fortificada antes mesmo das feitorias fenícias ali estabelecidas. Outros seguiram a cuidar das fortificações, nomeadamente romanos e islamitas.

19 agosto 2006

Mimetismo


No sotavento algarvio, mesmo junto ao mar é comum observarem-se camaleões.


De férias, quando me dirigia para a praia, transportando a máquina fotográfica, na espectativa de encontrar um desses animais e fotografá-lo, assim aconteceu.
Os espectadores depressa surgiram e em número indesejável para a tarefa a que me propunha.


Alguém me perguntou como poderia ter um em casa e como cuidar dele. Respondi-lhe dizendo que a melhor forma de cuidar dele sería não o levar e fazer com que todos assim fizessem. Olhou para mim e foi-se embora. Será que não levou nenhum? Oxalá não.

18 agosto 2006

Prata da Casa

Nas Cortesias

Sem qualquer sombra de dúvida, Coruche tem na sua cultura o toiro bravo.
No dia 17 de Agosto, feriado municipal, muitos vão à corrida. O caso torna-se ainda mais importante pelo facto de grande parte do cartel ser composto por artistas coruchenses - cavaleiros, forcados, peões de brega e campinos.
Arte de montar - João Telles Júnior
Bruno - A estrear

O traje antigo, património cultural da região, esse, fica apenas para os artistas, mas mesmo assim não deixamos de ver as pessoas um pouco mais cuidadas nas suas vestes, não fora dia de festa.
João Salgueiro

Forcados de Coruche

17 agosto 2006

Cortejo Etnográfico


As tradições coruchenses estiveram bem representadas no cortejo etnográfico das Festas de Coruche deste ano.


Se bem que algumas actividades não tivessem sido abordadas, o cortejo apresentou-se de forma simples, caracterizando bem o concelho.


Rio, touros e cavalos, usos e costumes, tudo isso lá estava presente gerando assim mais uma oportunidade para os mais velhos relembrarem e os mais novos conhecerem a forma como viviam as "gentes de Coruche".

01 agosto 2006

Férias

Estação do Caminho de Ferro - Coruche
Não fugindo à regra e tal como a maioria dos portugueses fazem, também vou de férias em Agosto.
Recolherei imagens fotográficas que prometo apresentar logo que volte.
Este alpendre também já terá visto partir ou chegar alguém para férias. Tempos vão em que as pessoas usavam o comboio para isso. Hoje a realidade é outra, no entanto o cais de embarque lá está. Calmo, aguardando o comboio e os passageiros que parecem ser menos que os comboios que por lá passam.
Um abraço e boas férias.

Outros virão

Comissão de Festas 2006

É de louvar o esforço daqueles que ao longo de um ano, desnvolvem todos os esforços no sentido de reunirem algum dinheiro para levar a cabo as festas populares da sua terra.
Vila Nova da Erra - 2006
Vila Nova da Erra, não fugiu à regra e mais uma vez se cumpriu a tradição. Os festeiros tudo fizeram para que esta ainda fosse melhor quer as outras. Basta-nos isso para dizer que cumpriram a missão para a qual se comprometeram há um ano atrás.
Igreja da Erra - 2006
A padroeira, Nossa Senhora do Vale há-de ouvir tembém as preces daqueles que se empenharam na festa, onde sempre acontece a mistura do pagão com o religioso.
Parabéns.