Mais um ciclo

BOM ANO NOVO

Pôr-do-sol

"Concelho de Coruche"

Com o pôr-do-sol termina um dia e com o nascer outro aí vem.

Último nascer do sol do ano 2006

"Concelho de Coruche"

O nascer e o pôr-do-sol são peças de um ciclo incessante pelo qual nos regulamos, tanto em momentos de alegria como de tristeza.

O ano que agora termina ter-nos-á trazido, talvez, de tudo.

Nascer do sol

31 Dezembro 2006

Que o ano de 2007 traga para todos o melhor que há no mundo

Trinta e cinco

Campos do Sorraia

"30 Dezembro 2006"

Até parece que estamos na primavera, mas não, estas são as flores que resistiram à geada que cobriu os campos há bem pouco tempo.

Passados exactamente trinta e cinco dias, os campos do Sorraia apresentam-se com outro colorido.

Campos do Sorraia

"25 de Novembro 2006"

As cheias foram um acontecimento que marcou Coruche em 2006, não pelo facto de terem acontecido, mas porque parecia que a natureza já se tinha esquecido dar continuidade a um ciclo.

Lanius excubitor

A plumagem é branca na parte inferior do corpo e preta nas asas e na cauda.

O dorso e coroa são acinzentados. Tem cerca de vinte e quatro centímetros de comprimento.

Picanço Real

"Lanius excubitor"

Habita em zonas de orla florestal, entre árvores e arbustos dispersos, moitas e pomares, distribuindo-se práticamente toda a Europa.

Nidifica em árvores e arbustos.

Véspera de Natal

Montado de sobro

(antes das oito da manhã)

Estava frio, tanto frio que as poças de água estavam cobertas de gelo com mais de meio centímetro de expessura.

Montado de sobro

(solo coberto de gelo)

Junto à lareira, aquecendo-se ao lume de lenha de sobro, a tia Maria estava a beber café.

Sobreiro

(Árvore secular em fim de vida)

Começou bem cedo a preparar a ceia de Natal. No forno a lenha estava a coser pão para comer na consoada e no rescaldo do forno iria assar o perú.

Presépio

BOAS FESTAS

Reis Magos

(Aqueduto do Monte da Barca - Coruche)

Recordo quando era petiz e insistentemente dizia à minha mãe para fazer-mos o presépio.

Presépio

(Igreja Matriz - Coruche)

Era uma azáfama para a os mais novos. Percorria-mos os locais mais sombrios e húmidos onde se encontra o musgo para a cobertura do solo, ia-mos à areia branca para fazer as estradas e às piteiras para ajudar a ornamentar o presépio.

Reis Magos

(Igreja Matriz - Coruche)

Bem perto do presépio, a árvore de Natal, feita com um pinheiro verdadeiro, colhido em terrenos baldios era ornamentada. Acendiam-se lamparinas que iluminavam o cenário.

Presépio

(Bombeiros Municipais de Coruche)

Na noite de 24 para 25 de Dezembro, enquanto as mulheres faziam as filhós, coscorões e velhoses, era a terminologia utilizada, os homens jogavam às cartas, aguardando o bacalhau com couves que na minha casa se comia, nunca antes da meia-noite.

Alguns anos depois

Coruche - Anos trinta

A vida corre tal como o rio.

Sessenta e sete anos depois, algumas coisas foram mudadas, inclusivamente a paisagem.

Vista parcial de Coruche - 2006

A lezíria que se apresentava ampla, está hoje, "cortada", pela elevação artificial que se fez com a intenção de criar um ponto elevado por onde circulasse o transito automóvel.

Diluída

Vista "lá de baixo", a Igreja de Nossa Senhora do Castelo quase passaría despercebida, não fora o azul forte dos remates da pintura.

"Igreja do Castelo"

Coruche

A sua importância a nível local é de tal forma significativa que não há coruchense que a não procure, mesmo no meio daquele arvoredo.
Estar à beira rio é quase obrigatório olhar para cima e comtemplá-la.

Com alguma idade

Na herdade que lhe dá o nome, no coração do montado de sobro, fica a escola de Pinçais.

Embora já não desempenhe a função para que foi concebido, o edifício aparenta um razoável estado de conservação.

Antiga escola de Pinçais

Escola do Plano dos Centenários

Em nota da Direcção Geral da Administração Política e Civil do então, Ministério do Interior, datada de 4 de Abril de 1958, relativo à Câmara Municipal de Coruche, pode ler-se:

"Tem a Câmara contribuído para que o concelho seja dotado do número de escolas bastante. O número de lugares de professor, que, em 1926, não ia além de 8, passou para 27 em 1951, e atinge agora 66. Encontram-se concluídas cerca de metade das salas de aula previstas no Plano dos Centenários".

Paragem

A camainho de Santarém, a fonte da Raposa era paragem obrigatória.

Hoje, os comportamentos diferem daqueles que se tinha há algumas, não muitas, dezenas de anos.

"Fonte da Raposa"

Raposa - Almeirim

Parava-se na taberna para beber um copo ou na fonte para refrescar a garganta com água fresca que da fonte brotava. Hoje não. Vai-se ao "café" e quando de automóvel passamos, não damos por ela.

Nove de Dezembro

Cinco vezes o rio transbordou. As cheias, embora possam trazer prejuízos para alguns, o que se lamenta, também nos podem dar momentos de espectacularidade visual, podem até, dár-nos sensações de paz, de calma.

A ponte de Coruche, essa, lá continua dando a passagem e ao mesmo tempo simbolizando algo que ainda pode contrariar o rio.

E à quarta o que será?

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

- Coruche -

Às quatro da tarde do dia 6 de Dezembro, era esta a forma como se apresentava a lezíria, mesmo ali, do outro lado da Vila de Coruche.

Ponte Teófilo Trindade - Coruche

O rio contiunua a invadir os campos, ou não sejam eles os "Campos do Sorraia".

Vista parcial - Coruche

Isto sim, já parece como antigamente! Não há fome que não dê em fartura! Foram estas as palavras proferidas por uma pessoa que passava.

Duplo Centenário

As obras relacionadas com o aproveitamento da água conduziram-me a este livro.
Embora uns dias depois, ainda faz algum sentido a apresentação de algo relacionado com o Dia da Restauração - 1º de Dezembro de 1640.

Editada em 1940, a propósito do "Duplo Centenário, da Fundação e Restauração de Portugal", folheei e lá encontrei um pequeno espaço dedicado a Coruche.

Outra água

Vila do Couço

Será que as cheias não voltam mais este ano? Será que os lençois friáticos aproveitaram alguma coisa de toda esta água que caíu? Tomara que sim pois a sua preciosidade é imensa.

Travessa da Fonte do Grilo - Coruche

Num documento denominado "A vida administrativa do concelho de Coruche nos anos de 1951 a 1959", refere que durante esse período foram instalados 12 bebedouros e marcos fontanários, sendo 5 na Vila e 7 na sede da freguesia do Couço.

Estas obras refletem bem a preocupação que sempre tem existido no aproveitamento do recurso natural mais precioso - a água.