28 novembro 2006

"Água tocada a vento"

Mais uma das muitas casas tradicionais que foram demolidas, fruto da qualidade de vida hoje exigida quanto a habitação.
Como esta, muitas mais se irão demolir.
Fica a recordação de tudo o que esta e outras do mesmo género nos possa trazer.
Rua da Escola - Vale Mansos
Nas casas de "telhavã", com cobertura de telha de canudo, casas de gente pobre, pingava sempre que chovia forte. A chuva "tocada a vento" entrava através dos espaços deixados pela irregularidade das telhas uma vez que o seu fabrico era artesanal, originando por isso muitas iregularidades nas formas.

27 novembro 2006

O Tejo à tarde


A caminho de Lisboa, procurei ver qual o resultado da imensa quantidade de água que o Sorraia e outros rios teriam lançado no Tejo.
Parei em Vila Franca de Xira e, já ao enterdecer, deparei-me com uma imensidão de água.


A propósito do Tejo, Alves Redol escreveu: "Vinham de muito longe, das Beiras todas, vinham da orla do mar, descendo para pescar nas suas águas - vinham para a zona qu se ousou dizer ser a borda-d'água".

25 novembro 2006

Pela quarta vez


Bem longe do leito do rio, no Monte da Barca, havia àgua.
Pela quarta vez o Sorraia saiu do seu leito e, desta vez, estendeu-se fazendo a totalidade da lezíria parecer um mar.
O filho perguntou ao pai, vendo tal grandeza, se seria como o Amazonas.


A Ponte da Coroa, velhinha, lá continuava, suportando a força das águas, resistino a mais uma cheia, sabe-se lá se a dizer que ainda gostaría de voltar a ser aquilo que já foi - a obra construída para permitir a travessia do rio.


Nas ruas da vila especulava-se se a água invadiria ou não as ruas, podendo ser vistas algumas pessoas preparando comportas para evitar a entrada de água nas suas casas, outros interpretando a escala existente numa plataforma que se encontra no rio e fazendo palpites acerca desses valores.


21 novembro 2006

Igual à "minha"

Escola do 1º Ciclo da Fajarda - Coruche


Os edifícios escolares do Primeiro Ciclo constituem pormenores arquitectónicos que jamais se apagram da mente de todos nós.
De norte a sul do país, aquele desenho, mais coisa menos coisa, lá está, de rés do chão ou primeiro andar, simbolizando os primeiros passos na formação académica de qualquer português. A esta imagem também associamos a réguada, o castigo, a prova realizada numa folha de 35 linhas e dobrada à esquerda. São tempos que já lá vão.

19 novembro 2006

Às três será de vez?



Pela terceira vez, este ano, o Sorraia alagou a lezíria.
No campo, em Novembro, algumas culturas ainda estavam por colher, nomeadamente algum milho.

Já lá vai o tempo que em Agosto, nas noites quentes de Verão, à volta da eira se fazia a desfolhada. Rapazes e raparigas procuravam o milho rei (milho vermelho), para obterem como compensação, um beijo daquela ou daquele que "catraspicavam".
Hoje as máquinas são as rainhas e não há campo alagado que resista às lagartas, não sendo a "cheia" impeditiva das colheitas.

10 novembro 2006

Sentimento de preservação


Ao passarmos por este local, na Freguesia da Fajarda, não podemos ficar indiferentes ao sentimento de preservação das tradições, manifestado pelo seu proprietário.
Embora o ambiente que se pretende retratar esteja aquem daquilo que em meu entender seria desejável para se chegar a outra dimensão, está bem claro, na organização deste pequeno espaço, o gosto que o seu propritário tem pelas coisas da nossa cultura, na sua vertente rural.

06 novembro 2006

O rio feito mar




A natureza continua a mandar sem que alguém a ela se possa impor, embora alguma tentativas se façam.



Por onde passa a força da coorente de água tudo leva, devastando muito do que encontra.


O belo e o horrivel aqui se encontram, nos campos alagados, contemplados de forma bastante diversa.

04 novembro 2006

Energias renováveis


Em tempos, embora a sua propriedade não estivesse ao alcançe de todos, eram utilizados para accionar uma bomba que extraía água dos poços.
Hoje apenas restam alguns, na maioria dos casos "deitados" ao abandono.